sexta-feira, janeiro 13, 2006

Lágrimas

No silêncio da noite procuro as minhas lágrimas brilhantes pela lua cheia. Penso em como nunca me passou pela cabeça chegar aos 34 anos. Em como sempre pensei que morreria mais nova. Sempre foi um "feeling" de adolescente e jovem adulta.
Agora vejo-me, trintona, celibatária, sem emprego e sem dinheiro. Vejo-me uma mulher que sempre desejei ser, mas que teimo em renegar. Essa imagem é algo que me assombra e com a qual tenho dificuldade em lidar. É que representa muita coisa nova na minha vida, e as minhas defesas não-naturais fazem-me mandá-la para longe.
Como mando para longe os homens que se tentam aproximar de mim. Como celibatária que decidi ser, já não existe espaço na minha vida para homens, o que representa que já não existe espaço para sexo, namoros, relacionamentos duradouros, etc.
Estou só e assim ficarei. Antes só que mal acompanhada. Além disso, nada nos homens me cativa a voltar atrás na minha decisão. Muito antes pelo contrário. Quanto mais conheço menos gosto e isso só me vem provar que estava certa quanto decidi o que decidi.
E em breve estarei a postar de outro país. Vou deixar, muito provavelmente, este, para nunca mais voltar, a não ser em férias e para visitar a família e amig@s. Vou tentar ter, finalmente, uma vida. Trabalhar e ter o meu espaço, nem que seja pequenino. Vou procurar as oportunidades que não me dão aqui. Vou para sempre e, acima de tudo, para ser Eu. Estou a precisar.
Lara